
Com a morte do Papa Francisco nesta segunda-feira (21), a Igreja Católica entra no período de Sé Vacante — fase em que o trono papal permanece vago até a escolha de um novo pontífice. O conclave, que reunirá 138 cardeais com menos de 80 anos e direito a voto, deve acontecer nos próximos dias. O Brasil, com sete cardeais elegíveis, desponta como uma das nações com maior representatividade no colégio eleitoral, e dois nomes brasileiros ganham destaque entre os mais cotados para assumir a liderança da Igreja: Dom Sérgio da Rocha e Dom Leonardo Ulrich Steiner.

Dom Sérgio da Rocha, arcebispo de Salvador, é considerado um dos favoritos. Com 65 anos, é membro do influente Conselho de Cardeais, grupo restrito que auxilia diretamente na administração da Santa Sé. Sua trajetória inclui passagens por importantes arquidioceses, como Teresina e Brasília, e é marcada por equilíbrio, diálogo e uma postura pastoral próxima das comunidades. Seu nome ganha força por representar uma continuidade moderada do legado de Francisco, com forte articulação dentro e fora do Brasil.

Dom Leonardo Ulrich Steiner, arcebispo de Manaus, também figura entre os mais cotados. Aos 74 anos, é reconhecido pela atuação junto às comunidades amazônicas e pelo compromisso com causas socioambientais. Nomeado cardeal por Francisco em 2019, Steiner é ligado ao pensamento franciscano e à Teologia da Libertação, o que o torna um símbolo de renovação e proximidade com os pobres — marcas do último pontificado.
Ambos são vistos com respeito no cenário internacional e reúnem credenciais que os colocam entre os favoritos para dar continuidade ao legado deixado por Francisco. Caso um deles seja escolhido, será a primeira vez que um brasileiro ocupará o trono de São Pedro.