
Mark Zuckerberg, CEO da Meta, declarou recentemente que a política de combate a fake news da empresa será revisada e alinhada ao posicionamento do presidente eleito Donald Trump. A declaração gerou debates sobre o papel das Big Techs na política global, mas evidencia algo claro: mais do que questões ideológicas, o objetivo da Meta é maximizar lucros.
Em um mercado dominado pelo TikTok, gigante chinês que continua a conquistar as gerações mais jovens, a Meta busca proteger seus mercados. Vale lembrar que, na China, o TikTok é inacessível em dispositivos estrangeiros, e apenas sua versão local, o Douyin, pode ser usada. Enquanto isso, a Meta enfrenta severas restrições no país, o que torna a competição desigual.
Ao se aproximar de Trump, Zuckerberg parece querer atrair novamente os usuários conservadores nos EUA, que há tempos criticam a plataforma, e também sinalizar ao governo americano sua disposição em conter o avanço de empresas chinesas. Essa decisão, no entanto, vai além da política: trata-se de uma jogada para reconquistar espaço no mercado e manter a liderança no Ocidente.
O movimento deixa claro que as Big Techs não estão do lado de “esquerda” ou “direita”. No final, tudo se resume a estratégias de mercado. Afinal, no mundo da tecnologia, o que importa não é a ideologia, mas o lucro.
Escrito por: Pedro Ferreira